quinta-feira, 4 de junho de 2009


Futuros maridos


Saiba o que sentem e o que pensam eles, os noivos, sobre o casamento

Por Mônica Vitória

http://msn.bolsademulher.com/amor/materia/futuros_maridos/31552/2

Não há como negar. Todo mundo tem em mente que, quando se fala de casamento, a noiva é como se fosse a estrela do espetáculo. É ela que passa o dia inteiro se arrumando e maquiando, é por ela que todos ficam aguardando na igreja, é ela quem mais chora na cerimônia, é no vestido dela, esplendoroso e cuidadosamente escolhido, que todos vão reparar. Mas e o outro lado da história, a cara-metade, a parte masculina do casal? Dessa vez, foi justamente eles - os noivos, aqueles que ficam de smoking e gravata, esperando a amada no altar - que resolvemos pôr na berlinda, em destaque. Afinal, quais são as sensações, impressões e expectativas deles em relação ao matrimônio?

O futuro administrador Tiago Grego, de 23 anos, não vê a hora de "juntar os trapinhos" com a noiva, Mônica Veiga, também de 23. Ele parece bem otimista, tanto com o dia do casório, que será em julho, quanto com a nova fase que vai começar. "As expectativas são as melhores possíveis, e, talvez, até utópicas. Mas a vida de casado é sempre um mistério para pessoas que nunca passaram por isso", reconhece. O que mais preocupa, segundo ele, é a organização e o andamento dos preparativos da cerimônia e da festa, que precisam ser conferidos de perto. "Por mais controlado e cuidadoso que seja o casal, sempre vai ter alguma coisa para resolver no último momento. São vários detalhes a serem observados e é preciso muita paciência para resolver todos os problemas decorrentes desta arrumação", ressalta Tiago.

Ela sempre tocava no assunto, mas eu nunca tinha imaginado toda aquela coisa - marcha nupcial, alianças, lua-de-mel - como algo tão próximo. Até que eu parei e comecei a pensar 'poxa, por que não?'

O advogado e jornalista Alexandre Cossenza, de 31 anos, é outro que está se preparando para juntar as escovas de dentes, com Pilar, de 25. A ansiedade está a mil, pois ocasamento será no mês que vem. "Confesso que já sonhei três vezes com o dia - e em todas eu estava todo feliz, 'bobão' mesmo", revela o noivo, encabulado. No entanto, ele afirma que, além dos preparativos que ainda não estão prontos, rola uma certa insegurança emocional. "À medida que a data vai chegando, você fica mais animado, mas, ao mesmo tempo, preocupado também. Até porque o casamento é como um investimento: a gente investe parte da nossa vida em uma pessoa. Tudo ganha uma dimensão diferente. Você vê casais se separando e fica com medo. Qualquer briguinha boba faz você pensar 'será que é isso mesmo que eu quero?'", diz ele.

Esse receio, no entanto, é algo normal. O designer Daniel Carvalho, de 28 anos, sente o mesmo frio na barriga quando tocam no assunto. Com a cerimônia marcada para o fim de setembro, ele está aproveitando os últimos dias de solteirice para aliviar a tensão. "Quando a gente fica pensando muito nessas coisas de casamento, acaba sendo meio estafante. Estou tentando manter a calma, não me estressar demais com os gastos, vou caminhar para refletir, saio com os amigos... Sei que depois que subir ao altar, não terá mais volta. Vai acabar a moleza!", diverte-se. Depois de três namoros que não deram certo, Daniel sente que, agora, chegou mesmo a sua vez. "A baixinha me pegou de jeito", brinca, referindo-se à noiva Luísa, de 27 anos.

Vamos às bodas

Daniel, inclusive, relutou um pouco antes de se render ao matrimônio. Levando-o na rédea curta, Luísa acabou vencendo pela insistência. "Ela sempre tocava no assunto, mas eu nunca tinha imaginado toda aquela coisa - marcha nupcial, alianças, lua-de-mel - como algo tão próximo. Até que eu parei e comecei a pensar 'poxa, por que não?', e, no dia do aniversário dela, apareci com um anel de noivado. Ela nem acreditou, chorou que nem criança", recorda Daniel.

Alexandre, por sua vez, não fez o pedido formalmente. Namorando há cinco anos, o casal já pensava em constituir família há cerca de dois anos. "Foi uma decisão consensual. Conversávamos sobre morar junto e escolhemos a data em julho do ano passado", afirma ele, que está curtindo a experiência de planejar o futuro com a parceira. "Cada coisinha que fazemos juntos, como reformar e montar o nosso apartamento, é muito legal e dá um clima especial, romântico. Sabia que mais cedo ou mais tarde esse momento chegaria, mas nunca dei muita atenção. Agora que estou vivendo isso, tudo é diferente", comenta. O casal fez até um blog para relatar como estão as emoções e os preparativos para as bodas.

Para Tiago Grego, a idéia de casamento também chegou mais tarde. "Creio que a mulher tem uma predisposição a mais para este tipo de acontecimento. Foi quando tive mais maturidade que passei a pensar sobre o assunto. Depois que se está mais próximo da outra pessoa, tudo parece que flui naturalmente", opina.

Tiago sempre acreditou que havia uma pessoa especial para ele. Não por acaso, Mônica foi sua primeira namorada. "Antes de namorarmos, eu e ela já éramos bons amigos e freqüentávamos a mesma igreja, mas não passava disso. Até que o amor começou a despertar e eu já não agüentava mais ter só a amizade dela. Um belo dia, a Mônica fez uma superprodução visual que me tirou do sério, fiquei 'doidinho' - coisas que só as mulheres conseguem, sabe? Aí, pedi ela em namoro", relata. Sobre o noivado, ele afirma que a decisão também foi mútua, mas com direito a uma "oficialização" em um almoço de família.

Ela me fez encarar o mundo e os sentimentos de outra forma. Não é à toa que, depois de tantas tentativas, decidi que ela seria a pessoa com quem eu quero passar meus dias

A história de Alexandre e Pilar, segundo o jornalista, é curiosa. Na faculdade, ele se interessou em uma amiga que queria, na verdade, apresentá-lo a Pilar: "Mas como eu já estava a fim da primeira, começamos a namorar. Só depois conheci a Pilar. Quando minha relação terminou, passamos a sair mais e, aí sim, resolvemos namorar", descreve ele, que já aos seis meses de relacionamento deu um anel de brilhantes para a amada - seria uma previsão? Hoje, longe da família, que mora em outro estado, Alexandre se sente feliz com a acolhida dos parentes da noiva. "A animação envolveu todo mundo. É como se eu estivesse entrando para uma família maior", entusiasma-se.

Ao contrário de Alexandre e Tiago, que declaram ser pessoas calmas e sossegadas, Daniel Carvalho sempre gostou de baladas, farras e noitadas. Na época de faculdade, era popular nas festas e chopadas. "Até hoje minha noiva implica com isso. Mas, na verdade, mudei muito desde que nos apaixonamos, há quatro anos. Talvez porque eu já estivesse de olho nela há algum tempo, e ela me esnobasse um pouco por me achar 'galinha'. Quando digo que vou casar, muitos não crêem. Perguntam 'quem é a santa?'", conta Daniel, sem disfarçar, porém, a admiração que nutre pela futura esposa. "Ela me fez encarar o mundo e os sentimentos de outra forma. Não é à toa que, depois de tantas tentativas, decidi que ela seria a pessoa com quem eu quero passar meus dias", derrete-se.

Mas será que, mesmo com tudo isso, eles já se imaginam como maridos? Alexandre Cossenza confessa que não. "É estranho. Nem eu, nem ela nunca moramos sozinhos, sem nossas famílias, então é uma situação inédita para ambos", define. Já Tiago Grego, até visualiza a novidade, mas admite que não dá para prever o futuro: "Imagino como será, mas teoria é diferente de prática. Casamento envolve muita responsabilidade. No que depender de mim, pelo menos, vou tentar ser o melhor marido do mundo", garante. Daniel enfatiza: "Sei que vida de casado não é fácil, e até dá um 'medinho' mesmo. Mas é como trabalho em equipe. Se cada um fizer a sua parte e der o melhor de si, temos tudo para ser felizes", acrescenta.

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