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Homens e mulheres dizem os prós e contras de morar sob o mesmo teto
Por Rosana F. • 05/06/2009
O namoro está bom demais: é tanto amor que parece não caber dentro do peito. Vocês se olham nos olhos e concluem que chegou a hora de dar mais um passo no relacionamento - morar juntos. Vão dormir abraçados toda noite, cuidar um do outro e dividir o mesmo teto. Por outro lado, enfrentarão obstáculos como a convivência diária e a rotina. Nessa hora, é normal sentir um friozinho na barriga antes de fazer a mudança. Afinal, quais são os prós e contras de juntar as escovas de dente?
Estabilidade. Segurança. Cafuné antes de dormir. Dividir as contas. Planejar o futuro juntos. Estas são algumas das razões que fazem o mulherio sonhar com o dia que vão juntar os trapinhos com o namorado, como faz a professora Cíntia G., 33 anos. "Nosso namoro está sólido, já conhecemos um ao outro profundamente e está na hora de morarmos juntos para depois começarmos a pensar em aumentar a família", diz ela, que já usa aliança de compromisso há mais de um ano. "Dizem que o lado ruim de morar junto é a rotina, mas não acredito que isso vá ser um problema para a gente: sabemos como espantá-la com viagens, saídas com amigos e muito romantismo", diz.
Quando eu namorava, ele me aborrecia e eu ia pra minha casa, espairecer. Hoje em dia, estamos casados e não tenho para onde ir quando brigamos
As mulheres pensam com o coração. Já os homens.... Para o designer Paulo C., 33 anos, a melhor coisa de morar junto é transar todo dia. "Sem dúvida, o sexo diário é a melhor parte. Mas tem também a amizade, a divisão das coisas, as brincadeiras com as crianças...", enumera ele, que tem dois filhos. Sobre as dificuldades de dividir o mesmo teto, Paulo diz que a maior delas é a falta de privacidade. "Às vezes, quero ficar sozinho e não tem como. Além disso, é importante para o casal ter um distanciamento para que possa sentir saudade um do outro", defende.
Para a tradutora Gisele V., de 31 anos, a maior mudança no relacionamento depois que foi morar junto com o namorado é que agora não tem para onde fugir na hora da briga. "Quando eu namorava, ele me aborrecia e eu ia pra minha casa, espairecer. Hoje em dia, estamos casados e não tenho para onde ir quando brigamos", diz ela, que ainda por cima mora em um quarto e sala. "O jeito é encarar o problema e tentar solucionar as coisas. Combinamos que não iríamos dormir brigados e até agora tem dado certo", conta Gisele, que está morando junto há seis meses.
Enquanto uns estão loucos para dividir um apê, há quem prefira aproveitar o namoro em casas separadas - cada um na sua. É o caso da pesquisadora Maria Amélia, 29 anos, que namora há três anos e não tem planos de morar junto. "Não se mexe em time que está ganhando. Acaba que dormimos direto na casa um do outro, mas, quando um quer ficar sozinho, tem esse direito, sem dramas", explica ela, que ainda tira proveito da situação. "Se a minha geladeira está cheia, ficamos aqui. Se a faxineira deixou a casa dele cheirosinha, vamos para lá", conta, dizendo ainda que essa situação só deve mudar quando a família crescer. "Quando vier um bebê, aí sim acho que vamos morar juntos para dividir as tarefas e curtir o nosso baby", planeja.
É importante saber quais são os objetivos futuros um do outro para saber se eles podem ser conciliados. Além disso, o casal deve se dar bem, ter interesses comuns, assim como os mesmos valores morais e familiares
Segundo a psicóloga Karen Camargo a decisão de morar junto é um grande passo no relacionamento. "Mesmo sem papel passado, tem as mesmas definições de um casamento formal. Morar junto pode ser um período de experiência em que o casal vai poder estar mais próximo, ganhar mais intimidade e ensaiar para um casamento futuro", afirma ela, lembrando que esse ganho de intimidade pode causar uma série de decepções, uma vez que o casal entra em contato com um lado do outro que ainda não conhecia e que pode ser considerado desagradável.
Sobre a diferença das motivações entre homens e mulheres, a psicóloga afirma que a mulher olha mais para o emocional enquanto os homens olham para a parte sexual. "É verdade que morando junto pode haver maior disponibilidade para fazer sexo, pois o casal dorme junto todos os dias. Ao mesmo tempo, o casal se acostuma com a presença um do outro, não sente saudade e pode acontecer da freqüência sexual, a longo prazo, cair", destaca Karen, sublinhando que a decisão de morar junto deve ser muito bem pensada, entre outros fatores, porque uma separação dói muito mais do que um simples término de namoro. "A vontade de morar junto tem que ser dos dois. É importante saber quais são os objetivos futuros um do outro para saber se eles podem ser conciliados. Além disso, o casal deve se dar bem, ter interesses comuns, assim como os mesmos valores morais e familiares", finaliza.
Rosana F.
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