terça-feira, 14 de julho de 2009

Um funeral e um casamento - a moda, os códigos e gente que não cresce







Alô, Chics! Vendo o funeral-show de Michael Jackson, na terça-feira (07.07), não pude deixar de me lembrar do casamento dele com a filha do Elvis Presley, Lisa-Marie, em que todos os padrinhos do altar (e eram muitos, contando com Lisa Minelli e Elisabeth Taylor) estavam de preto, porque assim os noivos haviam querido.

A cena lembrava muito mais um funeral às antigas do que um casamento. Pois na despedida dele, a cena era quase a mesma - só que desta vez o astro não estava presente.
Antigamente, existia a moda do luto. Durante meses, a família do morto usava só preto, o chamado luto fechado. Depois, aos poucos, ia introduzindo um branquinho, um cinza, e passava para o luto aliviado. Só um ano depois do acontecimento a viúva e os filhos voltavam a usar roupas coloridas ou esportivas. Essa prática durou até os anos 1950; depois, foi se tornando mais leve e se perdendo no tempo, embora algumas religiões ainda a pratiquem.

Não se espera mais que alguém use preto total num enterro, nem mesmo numa missa de sétimo dia. No entanto, algumas delicadezas ainda se fazem com a família, como a de não aparecer usando cores alegres e fortes, ou vestida como se estivesse indo a uma festa ou para a academia.

Falando em rituais e cerimônias, outro evento que chamou a atenção por estes dias foi o casamento do jogador de futebol Pato e Stephany Brito. Enquanto Michael Jackson e Lisa-Marie Presley escolheram o preto para subir ao altar, os pombinhos brasileiros combinaram ir de branco total – os dois. E lá vieram eles, lindinhos e infantilizados, vestidinhos de branco como um casal de bolo.

Será que essa gente não cresce? Que mulher pode achar graça em se casar com um soldadinho de chumbo todo de branquinho, como se fosse uma criancinha fazendo sua primeira comunhão?


Beijos,

Gloria Kalil

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