sexta-feira, 22 de maio de 2009

Noivas criativas – e de verdade. Aprenda com elas



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O casamento é uma festa tradicional, ponto final? Nem sempre. Na década da informalidade e do estilo pessoal, as noivas querem mostrar sua personalidade por meio da roupa e dos acessórios. Por isso adaptam, inventam e subvertem as regras do branco total – ou, ao contrário, resgatam costumes familiares, como usar joias de família. A seguir você lê as histórias de sete noivas, que fizeram tudo do seu jeitinho. Inspire-se!

Joia de família
Há cerca de 50 anos, Henriqueta, a bisavó de Ciccy Souza Aranha, encomendou uma meia-coroa de pérolas e brilhantes para o casamento da filha Maricy, a avó de Ciccy. A joia é genial: desmontável, é feita de um colar, uma pulseira e um par de brincos. As três partes ficam com três mulheres diferentes da família e se juntam quando uma delas vai se casar, como aconteceu com a assistente de estilo. “É uma maneira de unir a família”, explica. Seu vestido foi feito por Marie Toscano. O modelo tinha camadas e mais camadas de de renda Balenciaga. Sem rigidez: no meio da festa, ela trocou o salto por uma sapatilha, devidamente escondida pela saia.

Renda de família

A administradora Mariana Castro Cunha se casou em igreja pequena, com apenas dois casais, além dos pais, no altar. Mas recebeu em casa, com um festão que pedia um vestidão. Lino Villaventura criou o modelo frente-única bordado e nervurado. Preciosismo: o sapato branco levou como detalhe um pedaço da renda usada no vestido. No fim da festa, tesoura na barra!, ordenou a noiva. “Estava me atrapalhando a dançar”, explica a corajosa. Uma tradição familiar, porém, ela não teve a bravura (nem a vontade) de romper. Na igreja, Mariana usou o véu que fora de sua bisavó. “Fui a décima quinta a se casar com ele”. A peça continua branquinha. O segredo: embalar em papel de seda azul e guardar em uma caixa.

Elemento surpresa

Escolher o sapato de noiva é tarefa complicada. Ainda mais quando você sabe que não quer nada careta, como foi o caso da assessora de imprensa Alice Ferraz. “Em viagem a Nova York, bati os olhos em um peep-toe Chanel e, nesse momento, soube que havia achado o modelo certo”, relembra. Detalhe: o par é completamente alaranjado. Usado com o vestido Gloria Coelho – este, sim, branco –, o sapato ganhou ainda mais destaque ao ser combinado com as flores de cor forte do buquê. Não precisou nada além de uma fivela nos cabelos para ficar prontinha.

Romantismo sem obviedade

Nem flores de tecido, nem tiara de strass. Foi com uma faixa de renda passada sobre a testa e arrematada com um generoso laço que a produtora Juliana Puglisi enfeitou seus cabelos no grande dia. “A ideia era ter estilo, mas com algo diferente”, conta. Quem fez o arranjo foi o amigo Henry Alavez, estilista que já trabalhou na Zoomp, e que também assinou o vestido tipo camisola usado por Juliana. A graça é que ele era composto de um sobrevestido de renda e seda, com leve cauda, que a noiva tirou na hora de curtir a festa. “Queria algo fresh, que remetesse a um universo fantasioso”.

Sexy, mas apropriada
Um casamento marcado para as quatro da tarde de um ensolarado dezembro, num lugar nada formal e com bastante verde por perto. Com que vestido de noiva dizer o sim? “Queria um clima bem relax, então optei por um que não fosse de noiva”, explica Susana Barbosa, editora de moda. Ela escolheu um modelo que vira na passarela da Raia de Goeye, bem decotado. “Era sexy, chic e cool ao mesmo tempo”. Na cabeça, uma tiara de prata e pérolas, da designer Marina Scheeticoff. “Na época ainda não era febre. Foi um jeito moderno de fazer com que algum acessório sinalizasse que eu era a noiva”.

Pra lá de prática

Bia Novaes, publicitária, decidiu preparar o grande dia em apenas dois meses. Na hora de escolher o vestido, soou o alarme de perigo: ouviu de uma estilista que o prazo era pequeno para fazer a peça. Desanimada, acatou a sugestão da mãe: uma visita à Daslu, que estava em liquidação. Depois de muito andar – e nada encontrar – ouviu a mãe exclamar : “É este!”. O modelo, curto e de renda pérola, era importado, da Temperley, e custou R$ 4.600 – já com 50% de desconto. “Sou muito prática. Em apenas uma hora, escolhi ali mesmo a sandália e as flores do cabelo”, conta.

Vestido de noiva – e de madrinha

Ao contrário de Bia, Marina Rovery curtiu cada visita que tinha de fazer ao ateliê de Junior, famoso costureiro de noivas de São Paulo. “De tudo o que precisei escolher para o casamento, nada me deixou mais feliz e segura do que o meu vestido”, diz ela. O amor pela roupa era tanto que, em vez de guardar a peça, ela pediu a Junior que a transformasse em um longo de festa. Sem problemas: hoje ele é um pouco menos volumoso na barra e foi tingido de rosa clarinho. Voltou para o altar, mais de uma vez, agora no papel de vestido de madrinha. “Ninguém desconfia que é de noiva”, comemora Marina.

Milene Chaves

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