Correr com o imaculado e branquinho vestido de noiva no areião, deitar com ele na grama, molhá-lo no mar, jogar tinta e até queimar parte da roupa. Todas essas situações, devidamente registradas pela lente de um fotógrafo profissional, têm nome: Trash the Dress (numa tradução livre “acabe com o vestido”).
E acredite, isso está na moda.
A proposta é incentivar noivas, os noivos também são convidados, para que depois do grande dia da festa façam um novo ensaio fotográfico. Desta vez, sem a preocupação de sujar a roupa e sem o formalismo das poses que as festividades impõem. Trash the Dress (“trash” em inglês é lixo, “dress”, vestido) prevê colocar a roupa caprichada do casamento em risco. É contrapor a sofisticação do traje a um ambiente descontraído.
— Não pode ter pena do vestido – adianta Andréa Graiz, autora do ensaio da coluna. — Tem que ter produção para não ficar brega, mas também não pode ser muito elaborada, porque o objetivo são fotos espontâneas.
Andréa é fotógrafa do Diário Gaúcho e começou a ouvir falar no Trash pela Internet. A origem deste tipo de ensaio é creditada às noivas norte-americanas. O site mais famoso é o trashthedress.com, em que a excentricidade das locações surpreende. No Brasil, neste ano, o Trash passou a integrar a lista dos desejos das noivas.
A publicitária Rossana Dall´Bello Arrines Matzenbacher, casada há dois meses, tinha visto referências em sites internacionais. Ela é a noiva dessa coluna, fotografada na Vinícola Laurentia, na Barra do Ribeiro.
— É mais uma lembrança e são fotos lindas, de um momento mais natural. Durante a festa, as fotos são comportadas, nestas são espontâneas. Acho que tudo que é inovação em termos de casamento vale a pena — relata empolgada.
A justificativa de Rossana é a de quase todas as noivas que posam para estes ensaios. Elas querem prolongar a celebração. A festa dura apenas algumas horas, ressalta a recém-casada, e tudo o que for possível para aumentar é válido.
— Adorei usar o vestido novamente, principalmente ao ar livre, num ambiente bem diferente. Mas fiquei com pena de sujar.
0 comentários:
Postar um comentário